Iniciada pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2006, a elaboração do Plano Estratégico de Recursos Hídricos dos Rios Tocantins-Araguaia chega à etapa final. Reuniões públicas nos cinco estados da bacia e no Distrito Federal marcam o período. Hoje (30), Cuiabá (MT) recebe encontro. Amanhã (01) é a vez de Goiânia (GO). Pará, Maranhão e Tocantins já contaram com reuniões na semana passada.

As reuniões têm como intuito apresentar as propostas de programas e ações a serem implementadas na bacia, considerando as etapas anteriores da construção do plano de recursos hídricos; ou seja: o diagnóstico (condições atuais da região) e os cenários alternativos de utilização da água (projeção do futuro da bacia). Além disso, os encontros visam a propor arranjos institucionais para a implementação do plano, visto que a bacia do Tocantins-Araguaia ainda não possui possui um comitê.

Extensão

– A região hidrográfica dos rios Tocantins-Araguaia é a maior do País situada completamente em território nacional. Suas dimensões equivalem a 1,5 vez a bacia do rio São Francisco.

Biomas

– A região caracteriza-se pela presença de dois importantes biomas. O bioma Floresta Amazônica ocupa a porção norte e noroeste da região, correspondendo a 35% da área total. O bioma Cerrado ocupa os 65% restantes.

População

– Em 2000, a população da bacia era de pouco mais de 7 milhões de habitantes, de forma que  a densidade demográfica ficava abaixo da média nacional (19,9 hab./km2).

Aspectos sociais

– O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0,525 no município de Melgaço (PA) a 0,844 em Brasília (DF), resultando numa média de 0,725 na região, valor abaixo do nacional, que é de 0,766;

– A mortalidade infantil média na região é de 33,22? e está acima da média brasileira, (30,57).

Saneamento

– Os indicadores de saneamento da população da região estão abaixo da média nacional. O índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água, na região, é de 84%;

– O índice de cobertura dos serviços de coleta de esgotos é bastante baixo, da ordem de 8%. Desse total, apenas 47% da população têm seus esgotos tratados.

Irrigação

– A área irrigada estimada é de cerca de 130 mil hectares, sendo que a área potencialmente irrigável é de aproximadamente 5 milhões de hectares.

Geração de energia

– A região é a segunda maior do Brasil em potencial hidroenergético instalado, com 11.522 MW;

– O potencial de geração da bacia é de mais de 25 mil MW.